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Esportes

30/09/2019 | Concebido por Goioerê

Edina Alves: veja o perfil da árbitra que 14 anos depois faz história na Série A

Edina Alves: veja o perfil da árbitra que 14 anos depois faz história na Série A

Edina Alves Batista. Aos 39 anos, essa paranaense de Goioerê tornou-se a primeira árbitra a apitar a Série A do Campeonato Brasileiro após 14 anos de lacuna. O jogo entre CSA e Goiás, no dia 27 de maio, foi o primeiro da profissional na atual competição. - Na hora que saiu a escala, o coração foi a mil. Você relembra tudo que passou na sua vida, tudo que viveu pra chegar até ali e você pensa: "vale a pena" – disse Edina.

Edina estava chegando ao patamar de Silvia Regina de Oliveira, que foi uma das primeiras mulheres a arbitrar uma partida na elite do futebol brasileiro. Mas vamos voltar no tempo. A história da paranaense nem sempre foi na Primeira Divisão do Brasileirão. E foi em outro esporte que tudo começou.

Edina iniciou sua trajetória no basquete. Das quadras, como ala e armadora, ela passou a comandar os jogos como árbitra, tudo a convite de um amigo, que percebeu algumas qualidades para ela exercer a profissão: convicção, liderança e firmeza.

- Acho que eu tenho um pouquinho disso, que é união, e tentar dar o melhor, e grupo, entendeu? Talvez tenha sido que ele viu nas partidas que a gente jogava. Silvia Regina, hoje funcionária da CBF e do quadro da comissão de arbitragem, falou com alegria de novamente a Série A contar com uma árbitra mulher.

- Eu sempre quis que outras mulheres ocupassem esse espaço também e sentissem essa sensação maravilhosa que é estar no campo de jogo apitando.

O presidente da comissão de arbitragem da CBF, Leonardo Gaciba, foi só elogios a Edina. - Acho a Edina uma árbitra muito corajosa, com muita personalidade. Tem um condicionamento físico excepcional e, acima de tudo, ela é uma árbitra muito inteligente.

Mas pra Edina fazer história, nada foi mais importante do que a persistência. E ao lembrar da caminhada, a árbitra que, em campo, não se deixa intimidar revela uma versão mais humana.

- Sempre falei que ia conseguir, chegar e apitar a Série A. As pessoas diziam: “não, você mora no interior, no interior não aparece tanto, ainda mais mulher.

Edina Alves Batista em ação no jogo entre Botafogo e Chapecoense — Foto: CLEVER FELIX/AGÊNCIA O DIA/ESTADÃO CONTEÚDO

Edina não quis entrar em detalhes, mas admitiu que teve muitas dificuldades no início.

- Sempre quis ser árbitra, mas algumas coisas no meu estado impediram de eu ser árbitra central no começo. Às vezes, o comando da arbitragem da federação tem uma linha, entendeu? E a minha vontade, meu desejo, sempre foi ser árbitra.

Edina terminou a formação em 2001. Em 2007, virou assistente do quadro da CBF e, em 2013, foi indicada para atuar no Campeonato Brasileiro masculino. Trabalhou em todas as séries, inclusive no jogo decisivo da Série B de 2013, entre Palmeiras e Boa Esporte.

Em 2019, um momento marcante na carreira. Ao lado de Neusa Back, com quem divide um apartamento no interior de São Paulo, e Tatiana Sacilotti, Edina formou o primeiro trio feminino a representar a arbitragem brasileira num Mundial feminino. Elas trabalharam em quatro jogos da Copa do Mundo da França.

- Quando eu comecei tudo, nunca pensei em chegar a uma Copa do Mundo. Sempre amei o nosso futebol brasileiro, sempre pensei na Série A. Era o meu grande objetivo. Quando saiu a convocação, que eu entrei na relação das candidatas à Copa do Mundo, eu quase caí de costas.

 

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Fonte: GOIOERÊ | CIDADE PORTAL | GLOBOESPORTE.COM

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