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4 municípios da Comcam devem R$ 1,1 milhão ao Samu
29/01/2017
4 municípios da Comcam devem R$ 1,1 milhão ao Samu
O ano de 2016 encerrou com pelo menos 4 municípios da Comcam inadimplentes com o Serviço de Urgência e Emergência (Samu). Juntos, os débitos somam R$ 1.198.120,70, o equivalente a 30% do valor total da inadimplência dos municípios com o Consórcio, em torno de R$ 4 milhões.
Os municípios da região que devem ao Samu são Campina da Lagoa (R$ 287.412,30); Campo Mourão (R$ 516.880,00); Engenheiro Beltrão (R$ 325.158,40); e Iretama (R$ 68.670,00). Os dados foram repassados à TRIBUNA pela coordenadora geral do Samu Noroeste, Eliana Beraldo. “Apenas quatro municípios possuem débitos, mas o problema é o valor alto dos devedores”, comentou Eliana.
Entre as pendências, Campina da Lagoa deve ao Consórcio valores referentes aos anos de 2013, 2015, e 2016; Campo Mourão (2016); Engenheiro Beltrão possui dívidas de 2014; 2015; e 2016; e Iretama somente referente a 2016.
Segundo Eliana, os débitos dos municípios com o Samu prejudicam os serviços que correm sérios riscos de paralisação. “Devido a falta de comprometimento de alguns gestores municipais e das dificuldades que temos enfrentado junto ao Ministério da Saúde, o Samu/Noroeste, enfrenta constantemente risco de paralisação”, alertou. Além da dívida dos municípios, há também um déficit vultoso da União.
O Samu Noroeste, que abrange Campo Mourão e municípios da Comcam soma 85 cidades. “O Samu vem enfrentando dificuldades financeiras há vários meses, está sem condições de pagar o INSS, salários dos servidores, e passou o ano em débito com os fornecedores já em decorrência de alguns municípios inadimplentes”, falou a coordenadora.
Eliana comentou que as ambulâncias do serviço encontram-se sucateadas. “Solicitamos substituição de frota para o Ministério da Saúde, recebemos como resposta que deveríamos tentar essas substituições através de emendas parlamentares, o que fizemos de imediato”, frisou. A coordenadora acrescentou que está visitando os municípios e tentando renegocias as dívidas com os novos prefeitos que assumiram. “Se não tivermos outra opção vamos buscar medidas judiciais para resolver estas pendências”, falou.
Parcelamento
Em Campo Mourão, para resolver a situação e garantir a continuidade do serviço à população, o prefeito Tauillo Tezelli (PPS) anunciou que o município pretende parcelar os débitos. “Temos interesse em acertar o município tem necessidade deste serviço, mas no momento estamos numa situação que não conseguimos pagar”, disse em recente entrevista à TRIBUNA. “Além da dívida atrasada, vamos ter que continuar pagando a parcela do mês o que vai encarecendo, e na saúde não sobra dinheiro para você estar assumindo dívidas grandes”, emendou.
A reportagem apurou que além dos débitos com o Samu, a gestão passada deixou de pagar também o aluguel do imóvel onde funciona a base do serviço. Segundo informações, existe um débito de aluguel de mais de R$ 60 mil. O pagamento não é feito há cerca de um ano.
Fonte: CAMPO MOURÃO | CIDADE PORTAL | TRIBUNA DO INTERIOR