Ubiratã, sábado, 20 de abril de 2024 ESCOLHA SUA CIDADE

Esportes

18/08/2017 | Concebido por Goioerê

Hamilton na Ferrari? Vettel na Mercedes? É possível em 2019. Entenda!

Hamilton na Ferrari? Vettel na Mercedes? É possível em 2019. Entenda!

É difícil dizer o contrário: a F1 é mais criticada do que elogiada. Mas é só haver uma pausa de quatro semanas no campeonato, como agora, ou os três meses entre uma temporada e outra para milhões de fãs, no mundo todo, sentirem falta das corridas. Felizmente a F1 estará de volta em breve, dentro de uma semana apenas, e em grande estilo, no circuito favorito da maioria dos pilotos, pelas exigências e espetacularidade de seus 7.004 metros, Spa-Francorchamps, na Bélgica, 12ª etapa do calendário.

Ainda que a sede das dez equipes tenha permanecido fechada por 15 dias, como manda o regulamento, as conversas entre seus chefes e empresários dos pilotos foram, com certeza, intensas. Na prova de Budapeste, última antes das férias de agosto da F1, dia 30, Toto Wolff, diretor da Mercedes, afirmou: “As peças (do mercado de pilotos) estão se movendo de uma maneira bem interessante. Acredito que teremos tudo definido antes de viajarmos para a Ásia”.

Em outras palavras, até o GP seguinte ao da Bélgica, na Itália, dia 3 de setembro, a F1 deverá conhecer melhor como será a formação de pilotos e equipes em 2018. A F1 se deslocará depois para Cingapura, Malásia e Japão, antes de voar a América, para os eventos nos Estados Unidos, México e Brasil.

Fator mais relevante

Há algo muito importante no mercado e que está condicionando as conversas entre os representantes dos pilotos e os chefes de equipe: Sebastian Vettel, da Ferrari, 30 anos, tetracampeão do mundo e líder do mundial, está sem contrato para 2018. Bem como o bicampeão Fernando Alonso, da McLaren, 36, e a boa surpresa do ano, Valtteri Bottas, da Mercedes, 27.

Mais: Lewis Hamilton, 32, dono de três títulos, tem mais um ano de compromisso com a Mercedes, mesma situação do prestigiado Daniel Ricciardo, da RBR, 28. Na F1, o termo "prestigiado" tem conotação distinta da do futebol, combinado?

É um fato, não especulação, ao menos neste instante. As coisas mudam rápido na F1. Vettel aceita renovar com a Ferrari, mas por apenas um ano. Por quê? Porque ele deseja saber se o grupo técnico que assumiu o time em julho de 2016 será capaz de produzir outro carro vencedor em 2018. O atual, modelo SF70H, foi concebido pelos engenheiros coordenados por James Allison, despedido em julho do ano passado e contratado pela Mercedes.

Hamilton na Ferrari

Saiba: Vettel sonha correr pela Mercedes, alemã como ele. Aí entra em cena o futuro de Lewis Hamilton. O inglês, segundo na classificação, 14 pontos atrás de Vettel (202 a 188), não esconde o interesse de pilotar para a Ferrari. E Sérgio Marchionne e Maurizio Arrivabene, da direção da escuderia, já expressaram que amariam contar com um piloto como Hamilton, “que tem a cara da Ferrari”, aguerrido, tenaz, dá sempre o máximo, não hesita em correr riscos.

Se os italianos tiverem um carro rápido em 2018, as chances de Hamilton não estender o contrato com a Mercedes para se transferir para a Ferrari, em 2019, são elevadas. Atenderia o interesse de ambos. E quem ficaria com a vaga de Hamilton na Mercedes? Isso mesmo, Vettel. Dá para entender melhor a razão de o alemão impôr um ano, apenas, de compromisso com a Ferrari? Ou de mais anos, mas com a opção para 2019 ser sua e não de Marchionne?

Pode acontecer tudo diferente, por vários fatores serem capazes de interferir na escolha de Hamilton e Vettel. Até mesmo um deles ou ambos pensarem em aposentadoria, ainda que pouco provável, no fim de 2018.

Mas já imaginaram a F1 em 2019, com Hamilton na Ferrari e Vettel na Mercedes? Sabe qual é o melhor? A temporada de 2019 poderá ter muito, mas muito mais mesmo para oferecer. Veja só, a seguir.

Não é segredo que Daniel Ricciardo interessa a Ferrari. Vale a recíproca. Pois no fim de 2018 o competente australiano estará livre para decidir se futuro.

Se a RBR não tiver um carro que o permita lutar pelas vitórias, por causa de não dispor de um grande chassi ou a Renault não produzir uma unidade motriz mais eficiente, Ricciardo seria a escolha natural para competir pela Ferrari. Ao lado de ninguém menos de Hamilton. Essa não é uma viagem sem sentido. Dependendo do que acontecer em 2018, uma possibilidade real.

Alonso na RBR

Tem mais, ainda, para 2019. Fernando Alonso, agora. Está em grande forma, aos 36 anos, melhor do que nunca. Na hipótese de Hamilton trocar a Mercedes pela Ferrari, Vettel a Ferrari pela Mercedes e Ricciardo a RBR pela Ferrari, nada impossível, haverá uma vaga na RBR, a de Ricciardo.

E quem está de olho nela? Isso mesmo, o espanhol. É por esse motivo que as conversas com a McLaren preveem a extensão do contrato por apenas um ano, 2018, admitindo-se que seguirá lá, o mais provável. Ninguém despreza 36 milhões de euros (R$ 140 milhões) por ano assim facilmente. A F Indy lhe pagaria, no melhor cenário, 6 milhões de euros (R$ 22 milhões) mais prêmios por conquista. Óbvio, Alonso pode, ainda, ficar com a Indy, por saber que será protagonista no campeonato, o que não será o caso na F1.

Assim, Alonso seria o mais cotado para ficar com a vaga de Ricciardo na RBR em 2019, até porque, como disse Helmut Marko, homem forte da empresa austríaca, ao GloboEsporte.com, na Hungria, “o programa da RB não tem nenhum piloto em condições de estrear na F1”. Que dirá ser protagonista, como Vettel, de 2009 a 2014, e são agora Ricciardo e Max Verstappen.

Se tudo isso acontecer, nada fantasioso, dê uma olhada na cara da F1 em 2019: a Ferrari disputaria o campeonato com Hamilton e Ricciardo. A RBR, com Max Verstappen e Fernando Alonso. O jovem holandês tem contrato com a RBR até o fim de 2019. A Mercedes, com Sebastian Vettel. Há grandes chances de o seu companheiro na equipe alemã seguir sendo Valtteri Bottas, autor de excelente trabalho este ano. Terceiro no mundial, está apenas 19 pontos atrás de Hamilton (188 a 169).

Mas se Bottas não corresponder em 2018, pouco provável, e o francês Esteban Ocon, hoje na Force India, continuar impressionando e em crescimento, pode ser ele o parceiro de Vettel na Mercedes em 2019. Faz parte da academia dos alemães.

Maior competitividade

Outro aspecto de suma relevância: 2019 será o terceiro ano do regulamento que estreou nesta temporada, com carros e pneus mais largos. Historicamente há uma maior equiparação no nível de performance dos times nessas circunstâncias. A probabilidade de Mercedes, Ferrari e RBR projetarem e construírem carros de desempenho ainda mais semelhante que os de hoje é grande. No caso da Ferrari, seria o segundo projeto, o grupo estaria mais maduro.

E já pensaram, essas três escuderias com monopostos potencialmente vencedores acelerados pelos brilhantes pilotos descritos? Vamos recapitular? Hamilton e Ricciardo na Ferrari. Vettel e Bottas ou Ocon na Mercedes. Max e Alonso na RBR. Isso para nos limitarmos as três equipes com maiores chances de se apresentar no mundial de 2019 com carros capazes de permitir a seus pilotos lutarem pelas pole positions e vitórias.

Já que estamos falando de 2019, coloque nessa balança o provável crescimento da Renault, McLaren e Williams. Não descartemos a possibilidade de uma delas, pelo menos, se inserir nessa luta, em especial as duas primeiras. No caso da McLaren, ou pela evolução da Honda, agora com um grupo de técnicos de várias nacionalidades trabalhando junto dos japoneses, ou pelo uso da unidade motriz Renault, negociação em curso neste momento.

Para resumir: não deveremos ter nenhuma mudança de impacto em 2018 no que se refere ao quadro atual de pilotos e equipes. Mas está pintando um 2019 de arrepiar. É verdade, como já descrito, que muita coisa terá de acontecer para a formação descrita acima se tornar realidade. Mas vocês viram, também, que em função do período dos contratos de pilotos campeões do mundo esse possível arranjo fenomenal de 2019 não representa nada surreal.

Resta a nós, amantes da F1, torcer para tudo dar certo em 2018 para que tenhamos um campeonato épico em 2019, com vários pilotos excepcionais acelerando carros igualmente espetaculares.

Neste instante, portanto, as negociações entre chefes de equipe e empresários de pilotos estão definindo bem mais do que a cara da F1 em 2018, mas já a de 2019.

 

Fonte: GOIOERÊ | CIDADE PORTAL | GLOBO ESPORTE

OPINE!

CIDADE PORTAL
(44) 3522-7297 | (44) 99979-8991
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio
de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do Site CIDADE PORTAL.

Desenvolvido por Cidade Portal